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domingo, 8 de julho de 2012

Os sotaques do espanhol: mitos e verdades


Estimados colegas, tenho certeza que mais de uma vez já tiveram que se enfrentar às perguntas: Qual o melhor sotaque? Como eu adquiro esse sotaque? Qual sotaque eu tenho?... E, eu sei muito bem que respondê-las e deixá-los satisfeitos é uma odisseia. 

Geralmente os alunos desejam ter um destes dois sotaques: o espanhol ou o mexicano, às vezes o argentino. Por muito tempo eu me perguntei o porquê disso e descobri que a gente gosta do que gente conhece. A grande maioria dos alunos brasileira só conhece um pouco da cultura espanhola e mexicana, e muitos ignoram até que existem 21 países que falam espanhol e que cada um deles têm alguma coisa maravilhosa.

Por esse motivo canalizo meus esforços em mostrar-lhes todo aquilo que desconhecem, e frente a perguntas como: Qual é o melhor sotaque? Sempre respondo que não há um sotaque melhor que outro, ou um sotaque certo ou errado, todos formam parte da rica variedade que lhes oferece a língua espanhola. Os acalmo mostrando um pouquinho das maravilhas de todos os países que nos interessam e dizendo que o importante é se fazer entender e pronunciar as palavras corretamente.

Outra pergunta frequente e que é uma de minhas preferidas porque acostumo brincar com eles é o famoso: Qual sotaque eu vou ter? E a resposta é simples: você terá o sotaque ao que ficar mais exposto e geralmente é o de seu professor. 

Já imaginaram um aluno querendo ter sotaque cubano, uma ilha que fica no fim do mundo e que tem uma filosofia de vida totalmente diferente à de Brasil, um país que poucos brasileiros querem visitar, porque realmente desconhecem as maravilhas que possui, e por último, um país que não comercializa com quase ninguém. A resposta é evidente: poucos querem. Acho isso uma bobagem porque o sotaque não influencia na comunicação, tenho falado perfeitamente bem com espanhóis, peruanos, uruguaios, mexicanos, chilenos e argentinos sem nenhuma dificuldade. 

A verdade é que o aluno pode optar pelo sotaque que quiser; se não desejar adquirir o sotaque de seu professor necessita escutar música e assistir muitos vídeos do país que ele gosta. Mas para fechar esse tema sempre passo na aula seguinte este pequeno texto que vou compartilhar com vocês.

El hombre que aprendió a ladrar

Lo cierto es que fueron años de largo y pragmático aprendizaje, con lapsos de desaliento en los que estuve a punto de desistir. Pero al fin triunfó la perseverancia y Raimundo aprendió a ladrar. No a imitar ladridos, como suelen hacer algunos chistosos o que se creen tales, sino verdaderamente a ladrar. ¿Qué lo habría impulsado a ese adiestramiento? Ante sus amigos se autoflagelaba con humor:

-          La verdad es que ladro por no llorar.

Sin embargo, la razón más verdadera era su amor casi franciscano hacia sus hermanos perros. Amor es comunicación. ¿Cómo amar entonces sin comunicarse?

Para Raimundo fue un día de gloria cuando su ladrido fue por fin comprendido por Leo, su hermano perro, y (algo más extraordinario aún) él comprendió el ladrido de Leo. A partir de ese día, Raimundo y Leo se tendían, por lo general en los atardeceres, bajo la glorieta y dialogaban sobre temas generales. A pesar de su amor por los hermanos perros, Raimundo nunca hubiera imaginado que Leo tuviera una tan sagaz visión del mundo.

Por fin, una tarde se animó a preguntarle, en varios sobrios ladridos:

-          Dime, Leo, con toda franqueza: ¿Qué opinas de mi forma de ladrar?

La respuesta de Leo fue escueta y sincera:

-          Yo diría que lo haces bastante bien, pero tendrás que mejorar. Cuando ladras todavía se te nota el acento humano.

©Mario Benedetti c/o Guillermo Schavelzon ₰ Asoc., Agencia literaria. www.schavelzon.com

É um texto para rir, relaxar e fundamentalmente refletir. Depois de lê-lo, entrego este questionário para eles conversar.

Entrevista a tu compañero siguiendo estas preguntas:

  1. ¿Qué te pareció la historia?
  2. ¿Cuál crees que sea la relación entre la historia y nosotros como alumnos de español?
  3. ¿Cuáles fueron los motivos por los que comenzaste a estudiar español?
  4. ¿Alguna vez has sentido ganas de desistir? En caso positivo, ¿por qué?
  5. ¿Qué es lo más difícil para ti de aprender: el vocabulario o la gramática?
  6. ¿Cuáles son las estrategias que usas para aprender la lengua?
  7. ¿Qué acento te gusta más?
  8. ¿Piensas que lo más importante es el acento o comunicarte con los nativos?
  9. ¿Has tenido la oportunidad de conversar con un nativo? En caso positivo, ¿conseguiste comunicarte, entendiste todo, qué sentiste?
  10. ¿Piensas que puedes tener un acento igual al de un nativo, o siempre habrá una pequeña diferencia?

Insistir em que não é uma entrevista unidirecional e sim um debate em que cada um deve se posicionar. Depois que eles terminarem peça para resumir o que falaram e dizer se chegaram a uma conclusão.
Lembrem, no final do debate, comentar que todos os sotaques são válidos e que eles adquirirão aquele ao que se exponham mais. E por último, o importante é se comunicar o sotaque é coisa secundária.

Este é um vídeo em que se discute qual é o sotaque neutral. Embora o locutor afirme que o sotaque mexicano é o neutral, sabemos que não existe um sotaque neutral. Uso o vídeo precisamente para esclarecer isso e porque nele muitos falam qual sotaque preferem e o porquê. Depois de analisá-lo, peço que os alunos expressem qual sotaque preferem e digam o porquê da eleição. 




Boas aulas!

2 comentários:

  1. Oi!
    Ótima explicação sobre os acentos, também gostaria de saber se possuem algum material sobre os acentos, com exemplos, algo bem objetivo!Obrigada, Clarissa

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  2. Obrigada Clarissa!

    Os materiais que uso são os citados acima.

    Grande abraço!

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